Ayrton Senna - O direito de Vencer documentário The Right To Win
O Direiro de Vencer - Ayrton Senna Documentário The Right To Win
(legendado PT BR) O documentário inglês The Right to Win foi lançado
como tributo aos dez anos da morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna,
outros dez anos se passaram e no dia primeiro de maio de 2014
completou-se vinte anos da morte do maior ícone esportivo do Brasil e um
dos maiores do mundo. De lá pra cá tivemos o sensacional documentário
Senna que revolucionou a arte cinematográfica em muitos pontos,
comparado à obra de Asif Kapadia The Right to Win fica pequeno, como
escreveu o crítico Rodrigo Amaro para o IMDB. Tratando mais os aspectos
técnicos o documentário tem raros momentos de emoção, em um dos trechos
mais marcantes Josef Leberer revela uma declaração de Senna, os dois
estavam no Brasil quando passaram por uma favela, Leberer o perguntou se
aquela situação não o incomodava, Ayrton respondeu que muito, mas ainda
não possuía poder suficiente para mudar algo. Essa afirmação abre um
leque enorme de possibilidades e revela um lado mais político do piloto.
O documentário dirigido por Hans Pool peca em muitos aspectos, mas se
engrandece ao demonstrar a influência de Senna ao redor do mundo e não
apenas dentro do circo da Fórmula 1. Vimos no último dia primeiro de
maio uma parcela disso, enquanto seu túmulo aqui no Brasil recebeu a
visita de alguns poucos e bons, em Ímola, Itália, uma multidão de mais
de vinte mil pessoas se aglomeraram para celebrar Ayrton Senna, o mais
surpreendente é que não eram brasileiros, mas sim pessoas do mundo todo
em tributo à memória do piloto brasileiro tri campeão mundial de Fórmula
1. The Right to Win é facilmente encontrada no Youtube com legendas em
português ou áudio original em inglês. Vale a pena conferir um pouco
desse piloto exemplar que marcou história. Senna foi um dos maiores
senão o maior esportista que o Brasil já teve, exemplo de garra,
perseverança e força. O programa do SBT O Maior Brasileiro de Todos os
Tempos não o elegeu, somos muito burros e possuímos, sim, memória curta.
Se Senna não foi o maior brasileiro, que tal Marechal Deodoro, Princesa
Isabel ou Tiradentes? Na França Charles de Gaulle foi eleito, na Itália
Leonardo da Vinci e no Brasil Chico Xavier! Com todo respeito deixo
aqui minha indignação, pode ser que o programa não tenha relevância e
não vá influenciar ou mudar algo, mas quem é Chico Xavier? O que ele fez
pelo país? Infelizmente na América Latina o lado político fala mais
alto por se tratar do único auxílio possível para a população, portanto
figuras políticas seriam facilmente eleitas como heróis nacionais, a
exceção seria o Brasil e a Colômbia que talvez tivesse como expoente
García Marquez, ainda assim vale lembrar que ele foi exilado no México.
Não diferente do Brasil que exilaria nossa intelectualidade. Todos os
personagens históricos do Brasil não passam de nomes escritos em placas
que nomeiam uma rua qualquer, alguns tiveram o privilégio de terem o
busto exposto para o enegrecimento do tempo em alguma praça, rodeados
por nossa juventude que empunha a espada da tecnologia, o que os mais
conservadores afirmam ser o latrocínio de nossas ideias. Enfim,
resta-nos o legado desses homens que mantêm acessa nossa esperança de
que dias melhores venham e com eles novos heróis para que nossos filhos e
netos não sejam órfãos do patriotismo, heroísmo e acima de tudo que
eles sejam filhos da esperança, ainda que simbólica, afinal uma semente
também pode ser simbólica, mas se gerar uma árvore ela se torna real.