sábado, 24 de março de 2018

A Historia e Carreira de Ayrton Senna do Brasil

Cronologia da Carreira de Ayrton Senna EM CONSTRUÇÃO

21 de março de 1960 – Às 2h45, nasce Ayrton Senna da Silva, em São Paulo, segundo filho do casal Neyde Senna da Silva e Milton Guirardo Theodoro da Silva.
Maio de 1968 – Acompanhado do pai, Ayrton participa da primeira corrida de kart no Kartódromo de Interlagos. Os outros competidores tinham entre 15 e 18 anos. Senna, com 8, conseguiu, então, o direito a pegar primeiro um dos papéis que continham o número da posição em que cada piloto largaria. Teve sorte e pegou o número 1 e foi a primeira vez que saiu na frente dos demais.
1º de julho de 1973 – Com a idade mínima exigida, participa da primeira corrida oficial de kart para estreantes e novatos.
1974 – Torna-se campeão paulista de kart na categoria júnior.
1975 – Conquista mais um título: o do Torneio Nacional Itacolomy de Kart.
1976 – É campeão paulista da 2ª categoria 100 cm3 e campeão das Três horas de kart 1ª categoria 100 cm3.
1976 – É campeão paulista da 2ª categoria 100 cm3 e campeão das Três horas de kart 1ª categoria 100 cm3.

1977 – Consagra-se campeão sul-americano da 1ª categoria de kart e é novamente campeão das Três horas de kart 1ª categoria 100 cm3.
1978 – Obtém o título de campeão brasileiro de kart e é tricampeão das Três horas de kart.
1979 – Como piloto oficial da fábrica italiana DAP (Di Ângelo Parilla), Senna acaba como vice-campeão mundial de kart. Apesar de ter o mesmo número de pontos do campeão Peter Kone, Senna perdeu o título nos critérios de desempate: melhor colocação de largada na primeira série final. O brasileiro havia sido o 8º no grid e Kone, o 5º.
Em Silverstone, Senna pisa pela primeira vez em um circuito britânico para ver Chico Serra, que serve como intermediário entre Ayrton e Ralph Firman, dono da Van Diemen, e futuro patrão de Senna.
1980 – É bicampeão sul-americano e brasileiro.
31 de agosto de 1981 – Senna é o campeão da Fórmula Ford, após vencer 12 das 20 provas que disputou, além de obter cinco 2º lugares, um 3º, um 4º, um 5º, 14 pole positions, oito melhores voltas e cinco recordes de pista. Torna-se também o novo recordista da categoria.
Senna também levanta o troféu do Royal Automobile Club, campeonato disputado pelos pilotos que dispõem de carros de Fórmula Ford.
1982 – No início do ano, sem o apoio financeiro do pai, Senna volta ao Brasil para trabalhar nas empresas da família. Infeliz, conta com a solidariedade da família e, depois de dois meses, retorna à Europa. Sem mais lugar nas equipes, que já haviam completado suas duplas de pilotos, Senna recorreu a Ralph Firman e acabou arrumando uma vaga para disputar dois campeonatos naquele ano: o inglês de Fórmula Ford 2000 e o europeu, cujas provas eram preliminares em alguns grandes prêmios da Fórmula 1 na Europa como, por exemplo, na Bélgica, na Holanda, na Áustria e na Alemanha. Venceu 16 das 20 corridas existentes e o título, tornando-se também o recordista da categoria.
Em 15 de dezembro, passou duas horas na McLaren “ajeitando” o banco e os pedais de um Fórmula 1 para realizar um teste. Como nevou no dia marcado, Senna não pode sentir o gostinho de pilotar o carro da escuderia inglesa.
A Toleman começa a sondá-lo para que assine um contrato com a equipe.
Senna feliz por ter o apoio da família para voltar as competições de Kart
Senna feliz por ter o apoio da família para voltar as competições de Kart
1983 – 1º de abril: Aceitando o convite feito por Frank Williams, encontra-o em Unit 10, Station Road, Industrial State. Senna brincou com o fato de o encontro ter ocorrido justamente no Dia da Mentira. Frank Williams é direto e pergunta se Senna já possuía algum contrato de gaveta com alguma equipe. É marcado um dia de testes.
19 de julho: Senna testa um Fórmula 1 pela primeira vez. Em Donington Park, pilotando o carro número 1 da Williams, que havia conquistado o campeonato no ano anterior com Rosberg, Senna baixou em 1,6 segundo a marca anterior, obtida pelo piloto Jonathan Palmer, campeão das Fórmulas 2 e 3 européias. As 20 voltas que deu no circuito inglês naquele dia deram à Williams o novo recorde da pista.
Outubro: Testando, finalmente, a McLaren, Senna participa de um duelo com Martin Brundle e Stefan Beloff. O trio teria que alcançar o piloto da equipe de Ron Dennis, John Watson. Somente Senna conseguiu batê-lo, mas não ficou com a vaga na escuderia. Naquele ano, Senna ainda foi sondado pela Lotus e testou a Brabham, onde não pôde ficar por razões que até hoje geram polêmica (alguns afirmam que Nelson Piquet vetou sua entrada na equipe, outros garantem que o impedimento foi dado por patrocinadores). Sem mais opções e já querendo estrear na Fórmula 1 em 1984, Senna acabou optando pela Toleman.
Teste na Williams 1983
A estréia na Toleman

1984

Ayrton Senna na Toleman 1984
25 de março: Senna estréia na Fórmula 1 no GP do Brasil e abandona na 8ª volta.
Estreia na Toleman no GP Brasil em Jacarepaguá 1984
07 de abril: Marca o primeiro ponto da carreira ao terminar em 6º no GP da África do Sul.

29 de abril: Repete a posição da corrida anterior, agora no GP da Bélgica.

05 de maio: Senna não consegue se classificar para o GP de San Marino. Os motores da Toleman quebraram no primeiro dia de treinos e a chuva do segundo dia o impediu de obter um bom tempo para alinhar no grid, apesar de ter feito a volta mais rápida da classificação naquele dia.

20 de maio: Abandona o GP da França na 35ª volta, quando estava em 5º lugar.

03 de junho: No primeiro GP de Mônaco que participa, a estrela de Senna brilhou de vez. Debaixo de um temporal, estava prestes a conquistar a liderança da prova, quando a corrida foi interrompida na 31ª volta. Senna, que havia largado em 13º, amargou um segundo lugar e, em seu primeiro pódio na Fórmula 1, apareceu de cara amarrada para a cerimônia por sentir-se prejudicado pelos cartolas. No entanto, ninguém mais teve dúvidas de que ali estava um piloto de talento e as grandes equipes devem ter se arrependido por não tê-lo contratado para a temporada daquele ano.

17 de junho: Chega em 7º no Canadá.

24 de junho: Em Detroit, nos EUA, foi retirado da prova por Philippe Alliot e Stefan Beloff.

08 de julho: Em Dallas, também nos EUA, abandonou a prova com problemas de embreagem e na caixa de marchas.

22 de julho: Na Inglaterra, Senna subiu ao pódio pela segunda vez; agora em 3º.

05 de agosto: Na Alemanha, bateu forte depois que o aerofólio traseiro da Toleman se desprendeu. O carro voou, girou cinco vezes e colidiu contra o guard-rail.

19 de agosto: Abandonou o GP da Áustria na 35ª volta, quando estava em 9º. Depois da prova, o piloto jantou com Peter Warr e Gerard Ducarouge, diretor e projetista da Lotus, que lhe oferecerem um contrato de três anos, um salário três vezes maior e a condição de primeiro piloto da equipe.

26 de agosto: Na Holanda, Senna abandonou a prova, mas foi o centro das atenções da imprensa, ansiosa em saber dele por qual equipe correria no ano seguinte. Senna desconversou, porém um jornal londrino teve acesso a um fax da Lotus confirmando a contratação de Ayrton e comunicou a Ted Toleman. O chefe da equipe sorriu, mas garantiu que alguém iria pagar por aquilo. O contrato de Senna previa uma multa de U$ 150 mil por sua rescisão.

09 de setembro: Senna foi punido pela Toleman. A equipe o impediu de disputar o GP da Itália, substituindo-o por Pierluigi Martini – que não conseguiu se classificar para a prova.

07 de outubro: Senna volta a disputar um Grande Prêmio, desta vez o da Europa, em Nurbürgring. Largou em 12º, conquistou três posições, mas envolveu-se em um acidente com mais seis pilotos logo na 3ª curva e abandonou a prova.

21 de outubro: Senna se despede da Toleman. Nos treinos, foi o 3º, posição que repetiu na corrida. Os mecânicos da equipe agradeceram ao final do GP com um cartaz: “A Toleman nunca mais será a mesma sem Ayrton Senna”.

Em seu ano de estréia na Fórmula 1, Senna obteve 13 pontos e o 9º lugar no mundial de pilotos.





A estréia na Toleman
1984

25 de março: Senna estréia na Fórmula 1 no GP do Brasil e abandona na 8ª volta.

07 de abril: Marca o primeiro ponto da carreira ao terminar em 6º no GP da África do Sul.

29 de abril: Repete a posição da corrida anterior, agora no GP da Bélgica.

05 de maio: Senna não consegue se classificar para o GP de San Marino. Os motores da Toleman quebraram no primeiro dia de treinos e a chuva do segundo dia o impediu de obter um bom tempo para alinhar no grid, apesar de ter feito a volta mais rápida da classificação naquele dia.

20 de maio: Abandona o GP da França na 35ª volta, quando estava em 5º lugar.

03 de junho: No primeiro GP de Mônaco que participa, a estrela de Senna brilhou de vez. Debaixo de um temporal, estava prestes a conquistar a liderança da prova, quando a corrida foi interrompida na 31ª volta. Senna, que havia largado em 13º, amargou um segundo lugar e, em seu primeiro pódio na Fórmula 1, apareceu de cara amarrada para a cerimônia por sentir-se prejudicado pelos cartolas. No entanto, ninguém mais teve dúvidas de que ali estava um piloto de talento e as grandes equipes devem ter se arrependido por não tê-lo contratado para a temporada daquele ano.

17 de junho: Chega em 7º no Canadá.

24 de junho: Em Detroit, nos EUA, foi retirado da prova por Philippe Alliot e Stefan Beloff.

08 de julho: Em Dallas, também nos EUA, abandonou a prova com problemas de embreagem e na caixa de marchas.

22 de julho: Na Inglaterra, Senna subiu ao pódio pela segunda vez; agora em 3º.

05 de agosto: Na Alemanha, bateu forte depois que o aerofólio traseiro da Toleman se desprendeu. O carro voou, girou cinco vezes e colidiu contra o guard-rail.

19 de agosto: Abandonou o GP da Áustria na 35ª volta, quando A ascenção com a Lotus
1985

07 de abril: Senna estreou na Lotus no GP do Brasil, em Jacarepaguá. Foi o 4º no grid, mas parou na 41ª volta por conta de uma pane elétrica ao lutar pelo segundo lugar.

21 de abril: Em Estoril, Senna foi simplesmente soberano. No final de semana daquele GP de Portugal, ele não deu brecha a ninguém. Conquistou sua primeira pole position, meio segundo à frente de Alain Prost, guiando uma McLaren, liderou a prova de ponta a ponta, cravou a volta mais rápida da corrida e obteve a primeira de suas 41 vitórias. Tudo isso embaixo de um temporal!

05 de maio: No GP de San Marino, Senna largou na pole pela segunda vez. A vitória não veio porque a Lotus parou com pane seca a três voltas do final.

19 de maio: GP de Mônaco. Senna repetiu a façanha da pole e liderou a prova até a 13ª volta, quando o motor do carro explodiu.

16 de junho: Senna largou em segundo no Canadá, mas abandonou novamente com problemas na Lotus.

23 de junho: Largando da pole pela 4ª vez, Senna fazia uma boa corrida em Detroit até sair da prova na 56ª volta.

07 de julho: Senna foi o segundo no grid em Paul Ricard, mas na volta 26 ficou a pé novamente.

21 de julho: Em Silverstone, largou em 4º, mas a seis voltas do fim - e na liderança -Senna precisou abandonar a corrida.

04 de agosto: Senna também ficou a ver navios na 27ª volta do GP da Alemanha, depois de ter largado em 5º.

18 de agosto: Largando da 14ª posição no grid da Áustria, Senna fez uma corrida típica de seu estilo arrojado e subiu ao pódio no segundo lugar.

25 de agosto: Na Holanda, outro pódio. Senna foi o 3º, uma posição à frente daquela que tinha largado.

08 de setembro: Senna conquistou sua 5ª pole no GP da Itália, mas chegou na terceira colocação.

15 de setembro: GP da Bélgica. Senna venceu sua segunda corrida.

06 de outubro: Em Brands Hatch, para o GP da Europa, Senna foi o pole position pela sexta vez.

19 de outubro: Senna abandonou a prova na África do Sul depois de oito voltas.

03 de novembro: Largando na pole pela sétima vez, Senna disputou um emocionante GP da Austrália, mas parou na 62ª volta.

Em seu segundo ano na Fórmula 1, o brasileiro subiu cinco posições e, com 38 pontos, acabou na quarta colocação no campeonato.

1986

23 de março: Senna disputa a pole do GP Brasil com Nelson Piquet para delírio da torcida brasileira presente em Jacarepaguá. Foi a 8ª vez que Ayrton largou na frente, mas terminou em 2º, atrás de Piquet.

13 de abril: Senna larga na pole pela nona vez. Na corrida da Espanha, Senna e Mansell duelaram pela vitória e cruzaram a linha de chegada praticamente lado a lado. O brasileiro venceu sua terceira prova por inacreditáveis 14 milésimos de segundo.

27 de abril: 10ª pole de Ayrton e abandono na 11ª volta em San Marino.

11 de maio: Senna sobe novamente no pódio de Mônaco – em 3º lugar.

25 de maio: Irritado com um novo problema na Lotus, Senna não comemora a 3ª posição no pódio de Spa.

15 de junho: No braço, conseguiu o 2º no grid, mas acabou em 4º no Canadá.

22 de junho: Em Detroit, Senna largou de novo na pole (sua 10ª), venceu sua quarta corrida e fez, pela primeira vez, o gesto que o eternizou na imagem da torcida, pegando a bandeira do Brasil e agitando-a na volta da vitória.

06 de julho: Senna conquistou sua 12ª pole, agora em Paul Ricard. Mais uma vez, no entanto, não terminou a prova na França – único GP não vencido por Senna na Fórmula 1.

13 de julho: O GP da Inglaterra teve três largadas e a embreagem da Lotus do Senna não agüentou. O brasileiro, que largou em 3º, saiu da prova na 27ª volta.

27 de julho: Senna duela com Piquet por 44 voltas em Hockenheim, acabando em 2º, em mais uma edição da dobradinha brasileira.

10 de agosto: A primeira corrida na Hungria, um país do antigo bloco socialista, foi emocionante. Senna obteve a 13ª pole da carreira. Mais uma vez, o show nas pistas foi dos pilotos brasileiros, que repetiram a dobradinha da corrida anterior nas mesmas posições.

17 de agosto: Com a Renault de saída da Fórmula 1, o motor da Lotus não permitiu que Senna fosse além do 8º lugar no grid e ainda explodiu na 13ª volta. Depois da prova na Áustria, Senna voou para Londres, onde se encontrou com o chefe do programa Honda na F1, Osamu Goto, no dia seguinte. Buscava um motor mais potente e, principalmente, mais confiável.

07 de setembro: Senna largou em 5º e só permaneceu 15 segundos no GP da Itália.

21 de setembro: Larga, pelo segundo ano consecutivo e pela 14ª vez na carreira, em 1º lugar no GP de Portugal. Tudo indicava que voltaria a vencer em Estoril, mas – há dois quilômetros da bandeirada – a Lotus apresentou problemas com a gasolina novamente e Senna caiu para a 4ª colocação. A equipe pediu desculpas pelo erro de programação de combustível, mas Senna – apesar de aceitá-las – estava irritado demais. Ali acabavam suas chances de lutar pelo título.

12 de outubro: No circuito mexicano Hermanos Rodriguez, Senna saiu na frente pela 15ª vez. Terminou em 3º no dia em que o amigo Gerhard Berger venceu a primeira corrida da carreira.

26 de outubro: Senna foi o 3º no grid do GP da Austrália daquele ano e viu seus rivais Mansell, Prost e Piquet lutarem pelo título, enquanto abandonava a prova na 43ª volta com o motor quebrado.

Senna acabou sua terceira temporada na Fórmula 1 com 55 pontos, em 4º lugar no mundial de pilotos.

1987

10 de abril: Recebe da Força Aérea Brasileira (FAB) o título de piloto de caça honorário.

12 de abril: Ainda na Lotus, mas estreando o motor Honda, Senna largou em 3º no GP Brasil. Novamente, seu desejo de vitória no país foi frustrado, quando o novo motor quebrou na 50ª volta.

03 de maio: Senna conquista sua 16ª pole position e larga na frente em San Marino e chega em 2º.

17 de maio: Gripado, Senna largou em 3º na Bélgica. Na segunda largada, Ayrton e Mansell bateram e o inglês foi tirar satisfação com o brasileiro no box da Lotus.

31 de maio: Senna venceu o GP de Mônaco pela primeira vez (era sua quinta vitória na carreira), depois de largar em 2º. Fazia quase um ano que Ayrton não vencia uma prova.

21 de junho: Mais uma vez, Senna venceu em Detroit. Piquet completou a dobradinha brasileira. Nos bastidores, começavam os rumores sobre a transferência de Senna para a McLaren.

05 de julho: Senna largou e terminou na mesma posição o GP da França: em 3º. No pódio, viu Jean-Marie Balestre dar um beijo no rosto de Mansell, o vencedor da prova.

12 de julho: Em Silverstone, a história foi a mesma de Paul Ricard. Senna e mecânicos da Lotus permaneceram no circuito inglês para testar a nova suspensão ativa.

26 de julho: Senna largou em 2º na Alemanha e terminou em 3º, uma volta atrás do vencedor – Nelson Piquet.

09 de agosto: Largando em 6º na Hungria, Senna conseguiu subir no pódio em 2º, em mais uma dobradinha brasileira com Piquet em 1º.

16 de agosto: Em mais uma corrida com mais de uma largada (foram três), Senna largou em 7º, caiu para 18º e, numa prova de recuperação, acabou em 5º- uma volta atrás de Mansell, o vencedor na Áustria. Nos treinos, Senna tinha atropelado um rato e passou muito tempo nos boxes para que fossem retirados os restos do animal, preso na entrada de ar do radiador.

06 de setembro: Senna largou em 4º na Itália e viu Piquet vencer em Monza, em mais uma edição da famosa dobradinha brasileira, abrindo vantagem em relação a Ayrton na briga pelo título.

20 de setembro: Sem ter o que fazer contra os problemas da Lotus, largou em 5º e terminou em 7º no GP de Portugal, duas voltas atrás do vencedor, Alain Prost – que batia o recorde de vitórias de Jackie Stewart.

27 de setembro: Senna voltou a largar em 5º, mesma posição de chegada. Nos boxes, já se sabia que Senna havia acertado com Ron Dennis e que levaria os motores Honda para a McLaren.

18 de outubro: Senna largou em 7º, depois de bater forte nos treinos do México. Na corrida, voltou a perder o controle do carro e se chocou contra a proteção de pneus. Pediu ajuda aos comissários, que se recusaram a empurrar a Lotus. Revoltado, Senna os ameaçou e a FISA (Federação Internacional de Automobilismo Esportivo) o advertiu por escrito e aplicou-lhe uma multa de U$ 15 mil.

01 de novembro: Ayrton voltou a largar em 7º, mas - na corrida que deu a Piquet o tricampeonato - chegou em 2º no Japão e garantiu a 3ª colocação no mundial de pilotos.

15 de novembro: Na prova em que se despediu da Lotus depois de três anos competindo pela tradicional equipe inglesa, Senna largou em 4º, terminou em 10º, porém foi desclassificado por irregularidade nas pastilhas de freio.

Fechou o ano com 57 pontos.




A consagração com a McLaren
1988

03 de abril: GP do Brasil. Senna alinha na pole pela 17ª vez e enlouquece o público em Jacarepaguá. Antes da largada, percebeu problemas no carro e precisou largar dos boxes. Nove voltas depois, já tinha feito 13 ultrapassagens. Na 31ª volta, recebeu bandeira preta e foi desclassificado por ter saído dos boxes antes da autorização de largada de um fiscal.

1º de maio: Em Ímola, pela 18ª vez Senna largou na frente e venceu sua sétima corrida. Senna e Piquet, 3º colocado, não se cumprimentaram no pódio devido às brigas extra pista.

15 de maio: A 19ª pole de Ayrton aconteceu naquele GP de Mônaco mais lembrado pelo erro do brasileiro, que liderava com 58 segundos de vantagem para Alain Prost e, num momento de desconcentração, bateu na 67ª volta e saiu da prova com cara de poucos amigos.

29 de maio: 20ª pole. Mas Senna largou mal e perdeu a liderança do GP do México para Prost e a equipe lhe ordenou para não tentar ultrapassar o francês, que havia sido campeão com a escuderia anos antes. Senna obedeceu, porém, no final da prova, comunicou a Ron Dennis que aquela tinha sido a última vez. Começava ali a briga entre o brasileiro e o francês.

12 de junho: No Canadá, Senna foi o pole pela 21ª vez, marcou a volta mais rápida do circuito e obteve sua oitava vitória.

19 de junho: Pela 22ª oportunidade na carreira e a sexta consecutiva naquele ano, Senna foi o primeiro no grid. Em Detroit, conquistou sua nona vitória.

03 de julho: Senna viu Prost dar-lhe o troco no GP da França, enquanto terminava na segunda colocação.

10 de julho: Largando em 3º, caindo para 5º e enfrentando a chuva em Silverstone, Senna venceu sua 10ª corrida.

24 de julho: Senna voltou a dar show. Na Alemanha, cravou sua 23ª pole, debaixo de um calor de 38 graus e abocanhou a vitória da prova, a 11ª de sua carreira na Fórmula 1.

07 de agosto: Na Hungria, Senna foi o pole novamente (24ª já!) e venceu mais uma.

24 de agosto: A história se repetiu em Spa e até Alain Prost admitiu: o título iria para as mãos de Senna. O brasileiro não se fez de rogado e voltou ao trabalho duro no dia seguinte para se preparar para o próximo GP.

11 de setembro: No primeiro GP da Itália após a morte do comendador Enzo Ferrari, Senna até fez mais uma pole (26ª), mas afobou-se e bateu em um retardatário na 4ª volta e saiu da prova - melhor para a Ferrari, que viu a dobradinha de seus pilotos, com Berger em 1º e Michele Alboreto em 2º, na única vitória de um piloto que não era da McLaren naquele ano.

25 de setembro: Em Estoril, Senna não teve um bom desempenho, amargou a 6ª colocação na prova e engoliu mais uma vitória de Prost.

02 de outubro: Na Espanha, Senna voltou a sorrir na largada com sua 27ª pole, mas terminou em 4º, com Prost vencendo mais uma.

30 de outubro: Para muitos, aquele GP do Japão foi a corrida mais espetacular de Senna e uma das mais emocionantes de todos os tempos. Na luta desesperada pelo título, Senna voou baixo e cravou sua 28ª pole. Na largada, muito nervoso e com uma falha na embreagem, Ayrton quase viu seu sonho cair por terra quando ele próprio caiu da 1ª para a 16ª colocação. Aguerrido, lutou até o fim. Na 11ª volta, já era o terceiro. Na 28ª, ultrapassou Prost. Depois, seu primeiro campeonato ficou mais perto. Emocionado, Senna cruzou a linha de chegada aos prantos e depois confidenciou ter visto Jesus Cristo enquanto ouvia, pelo rádio, os parabéns de seus pais e irmãos. Do patriarca da Honda, Sochilo Honda, de 82 anos, Ayrton recebeu flores. O jornalista Lemyr Martins conta em seu livro "Uma estrela chamada Senna" que Senna viu e reviu o videotape da corrida várias vezes naquele mesmo dia e assim que acordou na segunda-feira. Era o terceiro brasileiro a conseguir um título mundial na Fórmula 1.

13 de novembro: Senna conseguiu sua 29ª pole na Austrália, mas chegou atrás de Prost em Adelaide, na última corrida do ano, somando 90 pontos.

1989

26 de março: Senna estréia na temporada com o número 1 no carro e a 30ª pole, mas bateu na primeira curva e abandonou o GP do Brasil.

23 de abril: Largou na pole pela 31ª vez, obteve sua 15ª vitória e ouviu os pedidos das arquibancadas em Ímola para que pilotasse a Ferrari no ano seguinte. Prost o acusou de desonesto por tê-lo ultrapassado.

07 de maio: Tentando reparar a lembrança ruim de seu erro no ano anterior em Mônaco, Senna registrou sua 32ª pole e conquistou sua 16ª vitória.

28 de maio: A 33ª pole veio no México, onde Senna venceu pela 17ª vez em uma corrida em que aconteceram três largadas.

04 de junho: Primeiro no grid novamente, Senna liderou a prova no circuito americano de Phoenix por 44 das 75 voltas. Aí, o motor deu pane e o brasileiro abandonou, para a alegria de Prost.

18 de junho: Em Montreal, mais problemas. Senna parou a três voltas do final por causa do motor.

09 de julho: Novo problema no carro tirou Senna do GP francês, onde dois dias antes Prost havia anunciado sua saída da McLaren no final do ano.

16 de julho: Senna volta a largar na frente em Silverstone. Na 11ª volta, rodou e abandonou a prova.

30 de julho: 36ª pole de Ayrton e 18ª vitória em Hockenheim.

13 de agosto: Senna conformou-se com a 2ª posição no GP da Hungria.

27 de agosto: Em Spa, Senna vence sua 19ª corrida, de ponta a ponta, após largar em 1º pela 37ª vez.

11 de setembro: Senna provoca a ira dos tifosi ao conquistar a pole para o GP de Monza. Na verdade, o motivo da raiva foi a recusa de Ayrton em pilotar para a Ferrari em 1990, enquanto Prost havia sido anunciado na véspera da corrida como piloto da escuderia italiana no ano seguinte. Por isso, houve bastante comemoração quando o motor Honda abandonou Senna na 44ª volta.

24 de setembro: Senna não teve sorte em Estoril. Apesar de ter obtido sua 39ª pole position, saiu da corrida na 48ª volta, quando Mansell encheu a traseira da McLaren mesmo já desclassificado da prova. Ele não obedeceu a ordem e deu no que deu.

1º de outubro: Em Jerez de la Frontera, Senna largou no primeiro posto do grid novamente. De ponta a ponta, venceu sua 20ª corrida e empurrou para o Japão a decisão de mais um título.

22 de outubro: Este é um daqueles dias históricos na Fórmula 1. Senna e Prost dividiram a primeira fila (o brasileiro foi pole novamente) e duelaram até a 46ª volta, quando colidiram. O francês desistiu de continuar, Senna insistiu. Pediu e os comissários empurraram seu carro, voltou para a pista e, na última volta, conquistou a liderança. Venceu a corrida, mas acabou sendo desclassificado. Irritado, Senna deu início a uma verdadeira guerra contra os cartolas (leia-se Jean-Marie Balestre, ex-presidente da FIA, que chegou a baní-lo da Fórmula 1 e excluí-lo da relação de pilotos da temporada seguinte). Com o passar do tempo, a McLaren conseguiu convencer Senna a fazer o pedido formal de desculpas exigido por Balestre, o que lhe devolveu o direito de pilotar. Com a desclassificação, Senna perdeu seus feitos estatísticos daquele dia.

05 de novembro: Senna foi o pole pela 42ª oportunidade. O temporal em Adelaide deixou a corrida caótica e o brasileiro saiu na 13ª volta, depois de escorregar e bater.

Senna foi o vice-campeão com 60 pontos.

1990

11 de março: Senna começa a luta pelo bicampeonato largando em 5º no circuito de Phoenix. Na pista, duelou com o estreante Jean Alesi e conquistou sua 21ª vitória.

25 de março: Interlagos volta ao calendário da Fórmula 1. Senna começou bem o GP, marcando sua 43ª pole. Tudo caminhava bem para que ele vencesse a prova no Brasil até que, na 40ª volta, o brasileiro e Nakajima não negociaram bem o que deveria ser uma ultrapassagem simples e bateram. Senna acabou em 3º e adiou mais uma vez a realização do desejo de vencer em casa.

13 de maio: Em San Marino, Senna obteve sua pole de número 44, mas bateu e saiu da prova com problemas no carro.

27 de maio: Em Mônaco, Senna marcou mais uma pole (45ª) e ganhou mais uma prova, sua 22ª. Era a terceira vez que o brasileiro subia ao pódio em 1º no Principado.

10 de junho: Pole novamente, Senna venceu sua 23ª corrida, em mais uma edição da dobradinha brasileira. Desta vez, no Canadá.

24 de julho: No México, Senna continuou sua coleção de poles (47º). Na última volta, porém, um dos pneus furou e o brasileiro perdeu uma vitória até então certa.

08 de julho: Senna larga e acaba o GP da França em 3º.

15 de julho: Em Silverstone, Senna repetiu a 3ª colocação no pódio, depois de alinhar em 2º no grid.

29 de julho: Em Hockenheim, o brasileiro conseguiu o que queria: a 48ª pole e a 24ª vitória. Logo depois, soube que seu amigo e empresário, Armando Botelho, havia falecido em decorrência de um câncer na noite anterior. Inconsolável, Senna abraçou a irmã e saiu rapidamente do circuito alemão.

12 de agosto: Senna larga em 4º e termina em 2º, uma posição à frente de Piquet. Os dois novamente não se cumprimentam na Hungria.

26 de agosto: 49ª pole positon e 25ª vitória. Assim pode ser resumida a participação de Senna no GP da Bélgica daquele ano, que teve três largadas.

09 de setembro: Senna venceu em Monza pela primeira vez. Foi sua 26ª conquista depois de cravar a 50ª pole. Os tifosi detestaram mais pelo fato dele não ter feito isso guiando a Ferrari.

23 de setembro: Em Portugal, Senna começa em 3º e termina em 2º, atrás de Mansell.

28 de setembro: Nos treinos para o GP da Espanha, o inglês Martin Donnely bate forte. Senna, transtornado, foi até o local para socorrê-lo.

30 de setembro: Largando pela 51ª vez em primeiro, Senna sofre novamente com problemas no carro e não acaba a prova espanhola.

21 de outubro: Mais uma vez o título foi decidido no Japão. Senna começou em vantagem ao registrar sua 52ª pole. Na primeira curva, lado a lado com Prost, os dois batem. Param os carros em meio à poeira e Senna conquista o campeonato outra vez. O filme parecido com o do ano anterior, mas com um final diferente, gerou críticas e Senna foi considerado antidesportivo por seus rivais. Enquanto isso, no pódio, ocorreu uma dobradinha brasileira surpreendente, com Nelson Piquet em 1º e seu companheiro de equipe na Benetton, Roberto Pupo Moreno, em 2º.

04 de novembro: Senna carimbou a taça de campeão com mais uma pole, sua 53ª, mas saiu da corrida na 61ª volta.

O brasileiro terminou o campeonato com 78 pontos, o título e o ódio de pilotos como Prost e Piquet, que não entenderam o fato da FISA não ter punido Senna pelo choque com o francês.

1991

10 de março: Senna larga literalmente na frente na luta pelo título da temporada. Em Phoenix, foi o 1º do grid pela 54ª vez e venceu sua 27ª corrida.

24 de março: GP do Brasil. Senna novamente é pole. O circuito de Interlagos está lotado. Não é possível dizer com precisão quem mais queria aquela vitória: se o próprio Senna ou a torcida. Tudo corria bem, como na maioria das outras corridas que ele havia disputado no país, até que o carro começou a perder as marchas a seis voltas do final. À medida que a distância para o segundo colocado, Riccardo Patrese, diminuía, Senna pedia o fim da prova. Para delírio de todos, a McLaren agüentou até o fim e o circuito explodiu em um dos maiores momentos da carreira de Senna na Fórmula 1. O desgaste físico foi tanto que o brasileiro teve dificuldades para levantar o troféu de vencedor, mas o fez – completamente emocionado! Era a 28ª vitória de Ayrton.

23 de abril: Em Ímola, Senna fez novamente a pole (56ª) e vence outra prova, a terceira consecutiva do ano e a 29ª na categoria, enquanto Prost patinava incrivelmente na volta de apresentação.

12 de maio: Em Mônaco, não teve para ninguém de novo. Senna largou em 1º pela 57ª vez e obteve sua vitória de número 30, a quarta nas ruas do Principado.

02 de junho: Ao contrário das quatro corridas anteriores, Senna não se deu bem em Montreal. Largou em 3º e abandonou a prova nas 25ª volta, devido a uma pane elétrica.

14 de junho: Senna leva um grande susto nos treinos para o GP mexicano. Seu carro capota, fica virado com as rodas para cima, mas o piloto sai ileso.

16 de junho: Na corrida no México, larga e chega em 3º.

07 de julho: Em Magny-Cours, Senna repetiu o mesmo desempenho da corrida anterior.

14 de julho: No melhor estilo Senna, o brasileiro é o 1º em Silverstone (sua 58ª pole), mas termina a prova em 4º.

28 de julho: Senna larga em 2º na Alemanha, porém a maré continuou ruim e, na penúltima volta, abandonou com pane seca.

11 de agosto: Na Hungria, Senna voltou a respirar. Largou na sua 59ª pole e venceu sua 31ª corrida.

25 de agosto: Em Spa, Senna deu as cartas novamente. Foi o primeiro no grid, venceu a prova e ainda viu Mansell abandonar a corrida com problemas de câmbio. A briga pelo título estava novamente aberta.

08 de setembro: 61ª pole position e o segundo no lugar no pódio em Monza, atrás de Mansell. Cada vez mais Senna considerava qualquer pontinho muito importante para a conquista do tri.

22 de setembro: Senna larga e chega em 2º, com Mansell sendo desclassificado pelo erro de seus mecânicos, que não apertaram direito os pneus no pit stop e uma das rodas criou vida própria e resolveu dar uma volta sozinha pelo circuito de Estoril.

29 de setembro: Em Barcelona, Senna alinhou em 3º e terminou em 5º. Mais uma vez o título podia ser decidido na prova seguinte – o Japão.

20 de outubro: Demorou nove voltas para Senna conquistar o tricampeonato em Suzuka. O brasileiro largou em segundo e o inglês em 3º. Na luta para reverter a situação, Mansell se afobou e, como narrou Galvão Bueno, “passou reto no curvão”. Senna lutou, então, pela 33ª vitória. Ela só não veio porque a McLaren ordenou que ele a cedesse para Berger. Senna obedeceu contrariado, mas a festa já estava garantida. Logo depois da corrida, em uma entrevista para Ron Denni, Senna desabafou falando sobre os campeonatos de 89, 90 e 91 e de todos os seus problemas com os cartolas.

03 de novembro: Um dilúvio caiu em Adelaide, mas Senna largou na frente de novo. Era sua pole de número 62ª. A prova foi interrompida na 14ª volta e Senna obteve, então, sua 33ª vitória.

O tri foi obtido com 96 pontos, sete vitórias e 12 pódios.

1992

1º de março: O campeonato com a Williams do outro mundo começou com Ayrton largando em 2º e chegando em 3º na África do Sul.

22 de março: No México, foi ainda pior. Largou em 6º e abandonou a prova na 11ª volta com problemas de transmissão. Esta foi a última corrida disputada por Senna com o carro de 91.

05 de abril: No Brasil, todos queriam um repeteco da emoção do ano anterior. Nada foi triunfal, porém. Senna foi o 3º no grid, mas acabou abandonando a prova com problemas no carro.

03 de maio: Na Espanha, foi o 3º novamente e, de novo, não completou a prova – saiu a três voltas do fim.

17 de maio: Em Ímola, novos problemas. Desta vez, no entanto, conseguiu terminar a prova em 3ª, mantendo sua posição de largada.

31 de maio: Em Mônaco, Senna largou em 3º e só obteve sua 34ª vitória porque Mansell teve problemas a oito voltas do final. O brasileiro tomou a dianteira, conquistando sua 5ª vitória nas ruas do Principado e igualando o recorde de Graham Hill, até então o Rei de Mônaco.

14 de junho: Senna surpreendeu e conquistou sua 63ª pole, mas o carro quebrou e o deixou a pé na 37ª volta do GP do Canadá.

05 de julho: Em Magny-Cours, Senna voltou a ser o 3º no grid, porém foi retirado da prova por Michael Schumacher já na largada.

12 de julho: Mais uma vez atrás das Williams, em 3º, e de novo sofreu e foi deixado na mão pelo carro. Desta vez, na 52ª volta, a sete do final. Nos bastidores, Senna admitiu que estava negociando com a Williams e com a Ferrari.

26 de julho: Em Hockenheim, Senna deu-se por satisfeito com o 2º lugar depois de ter largado em 3º.

16 de agosto: Em Hungaroring, Senna largou em 3º, mas conquistou uma inacreditável vitória (sua 35ª). Naquele dia, Mansell conseguiu seu único título na Fórmula 1.

30 de agosto: Já sabendo que não iria para a Ferrari no ano seguinte, Senna largou em 2º na Bélgica e não passou de um 5º lugar na prova, cuja vitória foi de Michael Schumacher (a 1ª de sua carreira).

13 de setembro: Em Monza, teve de tudo. Mansell foi demitido da Williams, a Honda anunciou que se retiraria da Fórmula 1 e Senna pôde comemorar sua 36ª vitória, depois de ter largado em 2º.

27 de setembro: Senna largou pela nona vez no ano na 3ª colocação. Quatro paradas nos boxes depois, manteve a posição e subiu no pódio em Estoril. Na seqüência, a Williams anunciou que tinha contratado Prost para a temporada seguinte com uma cláusula que vetava a entrada de Ayrton na equipe.

25 de outubro: De novo, Senna foi o 3º no grid, mas o motor Honda explodiu na 2ª volta.

08 de novembro: Na Austrália, Senna largou em 2º e saiu da prova depois de um acidente envolvendo Mansell. Naquele dia, Senna iria anunciar que se retiraria da Fórmula 1 por um ano – tal como Prost fizera – mas desistiu por conta da pressão de patrocinadores e contratos vigentes, conforme conta o jornalista Lemyr Martins em seu livro Uma estrela chamada Senna.

Senna foi o 4º colocado no mundial de pilotos daquele ano, com 50 pontos acumulados.

1993

14 de março: Recomeçavam os duelos Senna-Prost. O francês cravou a pole e Senna foi o 2º, posições que se mantiveram na corrida da África do Sul.

28 de março: Senna largou na 3ª colocação e foi o grande vencedor daquele GP Brasil de sol e chuva. Prost derrapou na pista com Christian Fittipaldi e Senna deu um drible em Damon Hill e partiu para a sua 37ª vitória. Na volta de desaceleração, parou o carro no meio da multidão que invadiu o circuito para comemorar a segunda e última vitória de Senna no Brasil.

11 de abril: Donington Park. Senna largou em 5º no GP da Europa e fez uma das mais fantásticas voltas da história da Fórmula 1 ao ultrapassar todos os pilotos que estavam a sua frente, passando em 1º no início da segunda volta. Foi sua 38ª conquista na carreira em um dia de mais um show do brasileiro.

25 de abril: Senna largou na 4ª posição em Ímola, mas ficou a pé na 40ª volta e viu Prost igualar seu número de vitórias naquele ano.

09 de maio: Na Espanha, largou e chegou em 2º lugar.

23 de maio: Senna tornou-se o Rei de Mônaco. Largando em 3º, Senna foi à luta e venceu pela sexta vez no Principado, marcando sua 39ª vitória e mais: abriu cinco pontos de vantagem no campeonato, tendo as mesmas três vitórias de Prost.

13 de junho: No Canadá, foi o 8º no grid, sua pior posição de largada desde 1987. Abandonou a prova faltando sete voltas.

04 de julho: Em seu 150º GP, Senna largou em 5º na França e terminou em 4º.

11 de julho: Em Silverstone, ocorreu justamente o contrário da prova anterior. Largou em 4º e terminou em 5º.

25 de julho: Senna alinhou no grid em 4º e não passou disso no GP da Alemanha. O pior: o tetra ficou ainda mais distante.

15 de agosto: De novo na segunda fila e na mesma posição da última prova, o brasileiro foi obrigado a abandonar a corrida da Hungria com problemas no carro, enquanto Damon Hill tornava-se o primeiro (e até então único) filho de um campeão mundial de Fórmula 1 a vencer uma corrida.

29 de agosto: Em mais uma prova prejudicada pelo fraco desempenho da McLaren, a história se repetiu: foi 5º no grid e 4º na chegada.

12 de setembro: Em Monza, com a 4ª colocação na largada, Senna cometeu um erro e saiu da prova na 8ª volta. Neste GP, Christian Fittipaldi levantou vôo e capotou no ar por cima dos carros. Felizmente, na aterrissagem, o carro voltou a sua posição normal como se nada tivesse acontecido.

26 de setembro: Senna foi o 4º novamente e, de novo, abandonou a prova (desta vez, na 19ª volta). Nos bastidores, só se falou do anúncio da aposentadoria de Prost e da contratação de Ayrton para correr na Williams em 1994. Os planos para o tetra começaram ali e os fãs vibraram.

24 de outubro: Animado com a transferência, Senna largou em 2º no Japão. Nos boxes, brigou com Eddie Irvine por considerar que este havia lhe prejudicado nos treinos. Com o título já decidido, Senna venceu sua 40ª corrida.

07 de novembro: Adelaide. Depois de ser pole pela 62ª vez, Senna vence pela última vez na carreira. Era sua 41ª vitória, em sua última corrida pela McLaren.

Com 79 pontos, Senna foi o vice-campeão daquela temporada e pontuou pela última vez na Fórmula 1.





O adeus com a Williams
1994

26 de março: Senna conquistou a pole para o GP Brasil.

27 de março: Com a Williams dando-lhe somente problemas e se sentindo pressionado por todos e, principalmente, por si mesmo, Senna erra e sai da prova na 55ª volta, fazendo a multidão presente em Interlagos ir embora. Começava o pesadelo.

16 de abril: No braço, Senna crava sua 64ª pole e vai largar em 1º no GP do Pacífico, disputado no circuito de Aída, no Japão.

17 de abril: Senna é retirado da prova por Mika Hakkinen, que bate por trás na McLaren. O que deveria ser o casamento perfeito entre o melhor piloto e a equipe campeã dos últimos campeonatos virava cada vez mais um drama. Senna não havia marcado um ponto sequer ainda.

29 de abril: Rubens Barrichello bate forte nos treinos para o GP de San Marino. Senna fica preocupado, pula o muro do hospital e vai conferir o estado de saúde do piloto brasileiro. Impressionado, só consegue repetir aos repórteres que Barrichello estava bem.

30 de abril: O austríaco Roland Ratzenberger sofre um grave acidente durante os treinos de classificação, choca-se contra o muro, recebe massagem cardíaca ainda na pista e tem a morte constatada no hospital logo depois. Mesmo abalado, conquista sua 65ª e última pole position da carreira.

1º de maio: A primeira imagem da transmissão da TV mostra Senna colocando o capacete. Seu rosto demonstra preocupação e angústia. Aquela foi a última vez que o vimos largar na frente do grid. Um acidente na largada obrigou a entrada do Safety Car. Na 7ª volta, quando a corrida recomeçou, a Williams apresentou um defeito e Senna se chocou violenta e fatalmente contra o muro na curva Tamburello.

Por aproximadamente oito minutos, todos acompanharam os primeiros socorros prestados ao brasileiro pela equipe do Dr. Sid Watkins. Depois, Senna foi transferido de helicóptero para o Hospital Maggiore.

Às 14h12, hora de Brasília, veio o anúncio de que Senna não havia resistido aos graves ferimentos na cabeça.

O que deveria ter sido um sonho acabava de se tornar em uma tragédia.

05 de maio: Senna é sepultado no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, em um dos momentos recentes de maior comoção no Brasil.